A chegada do computador no cotidiano das crianças, adolescente e jovens, vem possibilitando novas formas de comunicar-se, divertir-se, pensar agir, estudar, consumir, trabalhar, namorar, viajar, viver, sonhar, conhecer novas fronteiras, novos horizontes, novas experiências de vida, ou seja, as relações sociais são outras, bem diferentes de décadas passadas.
Tudo fascina, a máquina tem seus atrativos, quase prefeita, inúmeros recursos midiáticos, tudo em um só elemento. Esse objeto de desejo, de consumo, tem seu lugar garantindo no ambiente familiar, geralmente no quarto, ou na sala de visitas. Sempre tem alguém utilizando em prol de suas necessidades existências e/ou materiais. No trabalho é peça fundamental para agilizar a produtividade. No lazer, possibilita interatividade com o mundo, troca de arquivos dos passeios turísticos, e ou divulgação destes em redes sociais; comunicação com amigos e parentes de norte a sul.
O homem do século XXI, independente de sua classe social, ou status, está destinado a viver em meio às máquinas por diferentes formas de acesssibilidade entre caixas eletrônicos dos bancos, nos brinquedos, na cozinha, no supermercado, no escritório, na escola.... Alguns preferem, optam, em não introduzi-los em suas rotinas de vida; outros, já não sabem viver sem essa tecnologia; nasceram nesta Era computacional o que facilita cada vez mais espaço e adeptos no mercado de vendas/consumo. O computador Portátil - codinomes/identidade _ Laptop,Notebook, Netbook, Notetaker, PDA, PocketPC, tem sido mercadoria de maior desejo entre os consumidores nos últimos anos; facilitando cada vez mas mobilidade.
O acesso de compra/consumo posibilita sua maior popularização, ou seja, não pertencem mais há um só grupo seleto de executivos como no passado; mas também por outros grupos como: estudantes, profissionais liberais, médicos, advogados e claro também por alguns professores. Por meio desta tecnologia, armazenam arquivos fotográficos, documentos, músicas, filmes e principalmente para navegar mundo a fora por um canal de informação/comunicação universal/mundial : Internet. Prefiro chamá-la de canal, ao invés de Rede. Sua universalidade encanta; podemos navegar em seu "mar" de informações, conhecendo novos mundos, que talvez, jamais conseguíssemos desbravar por outras vias convencionais.
Com o computador esse "acesso" é quase que instantâneo, rápido. A sedução é imediata, não há quem resista a facilidade em que cada página, que cada site visitado, deixe o viajante compenetrado, concentrado na sua procura/busca. No lar, no cyber café, na casa de um amigo... esse viajante (internauta) navega tranquilamente ao sabor das ondas da informação e da comunicacão... abre páginas, fecha páginas, realiza visitas em sites, blogs, webquest, twister, Orkut, MSN, salas de bate papo, YouTube ... opa !!!!! Chegou um e-mail. No Orkut, adicionam amigos íntimos, conhecem novas pessoas nas salas de bate-papo; formam e ou/participam de comunidades virtuais; vivencia a vida das pessoas através da tela do computador. Adicionam conhecidos e pessoas desconhecidas; ficando essa escolha/opção à critério e seu gosto. Eles (as) aderem e/ou prestam serviços e oferta produtos, velejam em caminhos seguros e construtivos, mas também, mergulham de cabeça em águas profundas, suspeitas, desconhecidas; de certo modo perigosas, ou seja, buscam "atalhos" para suprir necessidades imediatas. Sua utilização tem varias caminhos, alguns para fins emancipatórios, outros, para práticas, atitudes e comportamentos de má fé; prejudicando muitas vezes, pessoas, empresas, et... Esse fenômeno, infelizmente vem aumentando absurdamente em todo e qualquer lugar do planeta; prejudicando/distorcendo/desvirtuando o propósito primeiro do uso do computador e da Internet no meio social.
A prática de vandalismo virtual, tem sido denunciado/apresentado freqüentemente nos últimos meses nos meios de comunicação de massa. Os danos são de toda ordem, ou seja, psicológicos, sociais, econômicos, emocionais... numa velocidade desumana e sem limites.
O Bullyng Escolar no passado, era cometido dentro da escola. Hoje essa realidade infelizmente só aumenta, ultrapassou os limites dos muros da escola e pegou carona na internet. Essa é a rotina de quem utiliza inadequadamente e/ou adequadamente o computador. O mundo real envolvido no mundo virtual, que muitos acabam confundindo o que é virtual e o que é real. O computador também chegou à escola, já faz uns 15 anos ou mais, não sabemos no momento precisar esse tempo; todavia, sua vida útil tem sido lenta e muitas vezes contraditoria face os preceitos da informática educativa. A comunidade escolar ainda precisa incorporá-la como instrumento de rotina educativa, haja vista, seus diferentes contextos e também de políticas públicas eficazes que permitam quebra de paradigma das práticas tradicionais de ensino (reprodução/transmissão do conhecimento) no universo escolar. O seu uso na escola ainda caminha em passos lentos, totalmente inverso da velocidade das crianças e jovens. O computador veio de fora para dentro da escola, foi introduzido primeirmente em paises emergentes e posteriormente esse modelo educacional vem sendo disseminado nos países terceiro mundistas. O que precisamos é adequar acertamente investimento maçico na formação do educador frente os conceitos a luz de uma corrente filosófica de I.E que sirva como referencial de trabalho do professor, como respaldo profissional. Ao observar o contexto educacional que estamos inseridos; o uso de computadores no ambiente escolar, instiga repensar o modelo de curriculo escolar no Sistema Educacional brasileiro; muitas mudanças precisam acontecer. O Modelo de Educação vivenciados nas instituições escolares; há muito tempo já não correspondem aos anseios dos milhares de alunos, que evandem da escola por inúmeras razões. Com o advento das tecnologias educacionais ; essas premissas novamente instigam a necessidade de mudanças que permitam novas formas de educar e aprender, a partir de um modelo de educação que valorize e invista no planejamento e na avaliação bem diferente daquela que exercitamos cotidianamente.
Para construir uma cultural autêntica de Informática Educativa, não se muda estataneamente os conceitos e as práticas educacionais, ao contrário, se conquista no debate, na reflexão e com politicas educacionais emancipatórias. A mudança do curriculo escolar, pode ser a primeira meta; pois este modelo que ainda reina nas Redes de Ensino Público e Privado, não estão respondendo a contento a formação do aluno cidadão nem tampouco respeita e valoriza o profissional da educação, ou seja, não possibilita tempo e condições ao educador para planejar e avaliar . Na maioria das escolas, sejam elas privadas ou públicas, a carga horária do professor é totalmente alocada para a sala de aula. Nesse interim, o planejamento, uma mola mestra para a organização do trabalho educativo é inexiste, restando o professor muitas vezes produzir isoladamente em casa seus projetos e planos de aula. Uma total contradição no contexto educacional. Em muitos treinamento e oficinas o professor (a) é chamado, estimulado a conduzir os alunos sempre no coletivo, oportunizando troca de saberes, no entanto, essa maneira de construir /produzir conhecimento, não é vivenciada pelo professor no ambiente de trabalho, ou seja, na escola. Na verdade, quando a campainha da escola é acionada; esse profissional termina seu expediente e retorna ao lar para a sua segunda ou terceira jornada ,em meio ao isolamento, solidão na calada da noite, organizando suas aulas, corrigindo trabalhos e provas.
A informática educativa não combina, nem tampouco, funciona nesse contexto tradicional de esnino/aprendizagem imediatista. Talvez, essa seja uma das nuances/barreiras que dificultam a instauração significativa de sua existência no universo escolar.
Consideramos aqui o nosso olhar no cotidiano de sala de aula e computador; realidade existente em inúmeras escolas, um recorte da realidade; que muitos, ao ler as próximas linhas; se identifiquem com as nuances e desafios apontados no contexto abaixo:
Hoje, dia 23 de agosto, turno da tarde, sala numero 03, turma de 4 ano/9anos, professora regente entra em sala e informa o calendário dos dias que a turma terá aulas no Laboratório de Informática Educativa. Nossa !!!! Os olhos dos alunos brilham, querem logo que chegue o dia tão esperado; estão sempre disponíveis, aptos e ansiosos para utilizar o computador,. Entre si, trocam idéias, levantam hipóteses; querem descobrir como vão utilizar o computador na escola: Rizaldinho diz _ Será que vamos utilizar joginhos??? Jorginho então exclama : Eu não quero ! Prefiro é usa o computador para pintar desenhos. Eloany manifesta seu desejo : vou usar o Orkut,;Alessandra pensa e diz: na escola a gente pode usar Orkut??? Ana Cláudia e Kátia lamentam : Nunca utilizaram um computador. Olivia e Jesus ficam admiradas com o desabafo das coleginhas de sala de aula, Soraya questiona : tenho limitação visual. Será que posso usar o computador?? Gilsiane solidariamente expressa : não se preocupe Sol eu te ajudo. Naldinho pergunta aos colegas: o que será que a professora vai ensinar? Português, matemática, Educação Física?
Chega o dia esperado, no entanto, naquele mesmo dia os alunos foram informados que não haveria aula no ambiente educativo. Nos olhos e nos gestos expressam a decepção, angustia frustração. E mais uma semana se vai... Chega novamente o desejado dia, porém já perderam tres momentos de aulas nas semanas anteriores. Mas enfim, hoje todos os alunos do 3 ano caminham em direção do laboratório.
A professora regente da turma, naquele dia, estava aflita, angustiada, não tinha mais como resistir/fugir do destino. Teria que educar as crianças utilizando o computador; não havia nada em seu caderno de planejamento para aqueles 35 minutos de aula. E agora o que fazer???? De repente a idéia surge; a professora, meio que desconfiada, chama a facilitadora Juci e faz a famosa pergunta: Qual joguinho educativo você tem ai? Eu não tive tempo para planejar essa aula. A facilitadora do laboratório, sabedora de seu papel naquele espaço pedagógico, contra argumenta com a professora, esta por fim, procura justificar a lacuna, apresenta a dificuldade de elaborar aulas, tem dúvidas sobre como organizar didaticamente o trabalho; tem noção de conceitos pertinentes a I.E, sabe da importância dada para vida escolar e pessoal dos alunos, todavia, ainda não conseguiu em sua prática pedagógica ultrapassar as barreiras e limites existentes e assim se vai mais um dia de aula ,sem sua intervenção, seu apoio, sua orientação face ao recurso tecnológico... Enquanto a conversa acontece entre as duas profissionais, as crianças estão acessando os jogos, procuram fazer uso daqueles recursos disponíveis no computador, através da curiosidade nata, da ousadia e iniciativa, aprendem por contingências, entre acertos e erros e apoio dos colegas.
O conhecimento a troca de informações é oportuna entre os amiguinhos, alguns deles, tem experiência de uso do computador, porém essa experiência é doméstica. E na escola??? Que vivência o aluno vem adquirindo ou possui??? Sua experiência com computador é aleatoria , sem orientações, sem propositos educacionais. Na escola esse aluno precisa ser orientado à utilizá-lo diferente, ou seja, para atender a compreensão dos conteúdos das disciplinas curriculares, como também descobrir seus talentos, habilidade; saber também elaborar conhecimento no coletivo,;algo que a informática educativa possibilita quando bem trabalhada pelo educador. Por enquanto, vimos aqui, nesse recorte da realidade escolar; que a única ou a maioria das experiências são de incompreensão de seu uso no universo escolar e infelizmente ainda utilizado pejorativamente, com espaço de diversão com “joguinhos educativos”, com uso inadequado da Internet, um passatempo... totalmente descaracterizado de seu propósito.Nesse contexto, o aluno fica sem alternativas e continua a utilizá-lo da única maneira que conhece ,ou seja, de maneira doméstica, sem direcionamento metodológico e/ou didático com pouquíssimo meios e fins pedagógicos. Isso é algo muito sério; não podemos deixar que continue acontecer e/ou instaurar-se no meio escolar. Quando o professor (a) resiste à utilizar o computador nas suas aulas; ele acaba deixando margem/espaço, para outras pessoas com propostitos destrutivos, em ambientes não escolares; consigam facilmente manipular mentes e corações; levando-os ao uso criminoso, vicioso, consumista, desumano...
O papel da escola é conscientizar/sensibilizar seus alunos sobre as nuances atuais, ou seja, apresentar o que de bom o computador pode possibilitar e que o seu mau uso pode implicar em suas vidas. O momento é de reflexão/ação para que não se crie uma cultura às avessas, negativa, sobre essa tecnologia.
As adversidades hoje acometidas por muitos jovens no mundo virtual, talvez fossem menores e/ou quase que insignificante, se nas escolas o fazer pedagógico face uso do computador fossem mais atrativo/resolutivo, com uma rotina de projetos voltados a temas que levassem o alunado a pensar, questionar, construir, trocar idéias entre si, utilizando todas as ferramentas possíveis e disponíveis no computador. O professor frente esse trabalho, tem que incorporar o compromisso pelo bem estar social coletivo e lembrando sempre que quando ele se omite a utilizar esse recurso em sala de aula, ele esta deixando de garantir ao seu aluno uma nova forma e possibilidade de aprendizagem e a própria utilização do mesmo, que vai muito além do que o aluno já conhece. Quando a escola e o professor investir em metodologias adequadas ao uso do computador, com certeza estará favorecendo o aluno a reconhecer o computador como instrumento facilitador de sua aprendizagem, não só utilizando dentro da escola, mas também em sua casa, ou em qualquer outro espaço, seja ele privado ou público, numa nova perspectiva de uso, talvez tendo novas possibilidades de acesso, de modo que, a criança, o jovem e o futuro adulto modifique suas práticas sociais negativas e deixem de focar sua atenção /audiência para as futilidades e os "lixos" jogados na rede virtual.
A palavra de ordem é oportunizar acesso com vias educativas, para que o aluno aprenda com seu intermédio com sua maestria de educador, com sua intervenção pedagógica usufruir positivamente os benefícios tecnológicos seja dentro ou fora da escola;
Omitir o direito do aluno de aprender/ socializar conhecimento inerente as possibilidade positivas de aprendizagem significativa; causa prejuízos no decorrer do tempo escolar dos alunos, de modo que, desacelera a formação de competências e habilidade necessárias em prol de seus estudos e para sua vida.
O uso do computador com competência quando incorporado como algo intrínseco no labor diário do educador, possibilita interatividade professor/aluno/aluno/computador para utilização/compreensão dos conteúdos curriculares. Em suma, chamamos os educadores para uma tarefa socio-educativa necessária/urgente no contexto do mundo virtual para o mundo real . Os prejuízos sociais, psicológicos, morais, éticos que hoje a sociedade enfrenta, são assustadores. A escola pode intervir em seus espaços de IE, com aulas que possibilitem o repensar do computador, para que adotem posturas éticas ao publicarem algo, ou quando estiverem utilizando as redes sociais. Dentro da escola o aluno deve ser educado/reeducado na perspectiva de formular e repensar sua postura, respeitando pessoas e espaços, percebendo que existem limites e regras necessárias de convivo social tanto no mundo real como no virtual. E quando não respeitam o direito individual e/ou coletivo podem responder por suas atitudes face aos danos e prejuízos ocasionados por sua pessoa ou grupos que faz parte.
O educando precisa internalizar posturas saudáveis e éticas para utiliza essa ferramenta em sua vida social que esta além dos muros da escola.
O educador precisa conquistar seu público, seduzi-lo, encantá-lo, através de aulas interativas, fazendo valer sua intervenção educativa face o uso do computador e da internet no cotidiano, na vida social. Devemos possibilitar reflexões sobre as nuances do mau uso de tecnologias no meio virtual, haja vista que muitos problemas no mundo virtual terminam na delegacia de polícia especializadas em crimes virtuais.
Que nosso aluno na escola aprenda utiliza-lo, manuseá-lo, vivenciá-lo adequadamente explorarando significativamente os recursos disponibilizados, sempre acompanhado da mediação do professor, para que assim, possamos conquistar adeptos ao uso amplo dessa ferramenta em prol da cidadania, da paz coletiva, da solidariedade, da erradicação do trabalho infantil, da pedofilia, entre outros males sociais.
Autoria : Lidiane queiroz - pedagoga, pós-graduada em Informática na Educação.
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