LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008
Além das Apresentações com Boi Bumbá, danças indígenas e afro, foi também montada uma pequena exposição de esculturas que contemplam a cultura afro-brasileira. O evento contou com outras atividades tais como: Oficina de Dança Afro, Samba de Roda, oficina de pintura corporal tendo como parceiros : Associação de consciência negra Quilombo - ASCONQ e o CRAS/PROPIRA.
As brincadeiras tradicinais juninas como : bocão, pescaria, delegacia, casamento na roça e quadrilha maluca foram agregadas a todo esse ambiente de valorização e auto-estima da cultura afro e indígena. Sem falar das maravilhosas comidas típicas.
A escola apresentou seu Boi Carinhoso da turma Tarsila do Amaral, de modo que as crianças e professora Ana Cláudia organizaram não só a coreografia como também a composição da música.
O trabalho educativo face a valorização da diversidade cultural em nossa escola,não acaba aqui, ou seja, em um evento cultural, ao contrário, vem como mola propulsora de incentivo, fomento a formação continuada do professor, na produção de muito mais atividades em sala de aula face a leitura, a escrita, a pesquisa na sala de leitura, na internet, nas rodas de conversa, nas reuniões com os pais, nas brincadeiras, gincanas, palestras e oficinas da escola. Devemos enquanto escola estimular nossos alunos a sentirem orgulho das boas heranças herdadas, ricas em conhecimento e tradição afro e Indiígena. Nossa escola vem perseguindo esse desejo de (re)construir a cada dia a auto-estima e o respeito por essas culturas, seu lado bonito, positivo e não aquela cultura negativa; tão reforçada por anos e anos através de livros didáticos, ou pela propria falta/ausência de discussões e estudos sobre a temática; principalmente nas práticas de Bullyng contra descendentes afros hoje tão acirradas nas escolas. Essa cultura marginalizada, negativizada; do negro que sofria no açoite nas fazendas de café; do índio que é inimigo do homem branco deve ser redirecionada, discutida , repensada, ampliando as mentes para um conceito de respeito e auto-estima dessas culturas.
Queremos a escola que valoriza a cultura afro-brasileira que reconhece o valor do negro e do índio; precisamos cotidianamente dentro e fora da escola estimular o desejo e o respetito entre os diferentes, na tentativa de sempre desfazer preconceitos raciais.
“O que nós queremos é combater o racismo e fazer com que haja mais respeito à diversidade, aos que são considerados diferentes, que sejam apenas diferentes, que eles não sejam desiguais. Diretora Izaira Guimarães.
“Não podemos continuar com uma escola que tem como referência teórica apenas uma cultura de formação do povo brasileiro, que é a cultura branca. Precisamos referendar também os alunos que têm outras matrizes étnico-raciais na sua formação”, disse a professora Mariete da turma do 5 ano.
Eu dou um recado para vocês brancos, para que não poluam os rios. Porquê isso vai afetar o futuro não só dos índios mas dos filhos de vocês também."
Aritana Yawalapiti ; líder do povo Yawalapiti, do Mato Grosso)
Boi Carinhoso da turma Tarsila do Amaral - professora Ana Cláudia Alves
Eu odeio o racismo, pois o considero uma coisa selvagem, venha ele de um negro ou de um branco.